quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Sobre a alimentação dos pequenos

Sabem que, embora ogra, sou bastante preocupada com alimentação. Com um guri pequeno então, minha preocupação aumentou. Quero muito que ele goste das gostosuras que são as frutas e os legumes e comida integral e que não tenha um paladar acostumado a caldo de carne, condimentos, muito sal ou muito açúcar. Embora muita gente ache que isso é fazer criança sofrer ("judiação!"), tenho bastante clareza sobre essas opções e as faço para a comida de toda a casa e, é preciso dizer, que tem surtido um efeito bastante positivo. Sem radicalidades mas cheia de cuidados.

Falando em “sem radicalidades”, publico esse post pra reunir uns vídeos bacanas sobre o tema exatamente no dia seguinte ao dia em que João comeu seu primeiro marshmallow industrial verde. :O

Pra começar, apresento dois vídeos que assisti nos últimos tempos e que falam de uma maneira bem elaborada e impactante sobre a importância da alimentação dos pequenos especialmente nos dois primeiros anos de vida. (João fez dois anos, vou despirocar agora!!! Experimenta essa salsicha, esse salgadinho fofura e bora pro McDonalds!)

Esse primeiro do Ministério da Saúde tem um bocado de informação importante de saber e de colocar em prática, claro. Tem uma coisa que ele fala que ficou super forte pra mim e que não tem diretamente a ver com os alimentos que você oferece. Ele fala sobre como o senso de saciedade das crianças é apurado e como com o tempo a gente cuida de estraga-lo forçando a criança a comer quando ela indica que não quer. Fico pensando também como isso transforma o momento da refeição num malabarismo estafante, fazer criança comer quando não quer aliás é uma arte muito chata de desenvolver. E se ela indica que não quer e não comeu nada, na pior das hipóteses, acho, ela vai se ligar que se deu mal. Fazemos isso muito bem em casa, eu acho. Não quer, não quer e pronto. Três coisas que eles colocam no vídeo e que mexi na sequência na nossa organização:

  • começar a comer junto na refeição e não mais dar a comida e depois comer – acho bom pra ele começar a comer sozinho e para a refeição virar um momento gostoso, a três;
  • oferecer os alimentos em separado para ele provar bem os sabores – eu gosto de comer a comida em composições (tipo, o arroz, o purê de abóbora, alface e a carne numa mesma garfada) e fazia meio isso com ele. Mas acho que a criança conhecer o sabor que cada um tem é legal também – nem sei muito bem explicar porquê mas achei bom;
  • e, por último e mais difícil pra mim que sou meio nojentinha, foi inserir miúdos no cardápio. Achei que era lorota mas parece que não. To tentando convencer minha sogra a fazer fígado, por que eu... blargh! Mas já demos coraçãozinho de galinha e ele curtiu!

E uma última coisa é tomar cuidado para não dizer que “Fulaninho não gosto desse ou daquele alimento”. O vídeo coloca que a criança tem que experimentar um alimento pelo menos umas 20 vezes (ou algo assim) e em diferentes formatos, temperaturas, composições antes de se poder dizer que de fato ela não gosta. Vivo ouvindo as pessoas falando que ele não come isso ou aquilo... e volta e meia me pego fazendo o mesmo.


Esse outro é o trailer do filme “Muito além do peso” que vou assistir e há de ser assustador.


Ah, lembrei de mais um que fala também sobre propaganda pra criança e que é essencial para a discussão por que deixa a coisa mais grave ao inserir a alimentação no campo de discussão política. O vídeo tem uma montagem super intencional (que montagem não é, afinal?!) e assusta todo mundo com as escolhas que vimos fazendo aparecendo no comportamento das crianças.


Falei pra dedéu. Mal ae!

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